terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O Parto

Caros leitores, antes de mais, esperamos que tenham tido um feliz natal e uma óptima passagem de ano. Desejamos também um bom ano de 2008. Pedimos que aceitem as nossas mais sinceras desculpas, por tão prolongada ausência. Sei que sentiram a nossa falta!
Começamos o ano em cheio, com uma introdução sobre o parto, como puderam constatar pelo título. Esperemos que gostem!

O corpo da mulher prepara-se para o parto algumas semanas antes do dia previsto. O útero, que é o local onde se desenvolve o bebé, começa por ser do tamanho do punho fechado e, à medida que o bebé vai crescendo dentro dele, vai aumentando de tamanho até o bebé estar pronto para nascer. O bebé encontra-se dentro do útero, na posição fetal (cabeça, braços e pernas dobradas em frente do tronco), dentro da bolsa de águas.

Na altura de iniciar o trabalho de parto, a criança encontra-se completamente formada e capaz de viver fora da mãe. Durante o último mês de gravidez, o bebé dá a volta e inicia a sua viagem em direcção à bacia pélvica, normalmente de cabeça para a frente.
É nesta fase que se dá início ao trabalho de parto. Geralmente, este anuncia-se por um ou mais dos seguintes indícios:
· Sinal de parto: consiste na expulsão, através da vagina, de um muco ensanguentado, normalmente em pequena quantidade. (rolhão mucoso)
· Ruptura de bolsa de água: manifesta-se pela saída de água, através da vagina, de uma variável quantidade de líquido.
· Contracções do útero: estas são dolorosas e regulares que fazem com que o bebé seja empurrado para fora através da vagina.
Seguidamente, inicia-se a primeira fase do trabalho de parto: período de dilatação.
Até começar o trabalho de parto o colo do útero está completamente fechado. Pouco a pouco, e com a ajuda das contracções, começa a abrir-se e acaba por se transformar num canal por onde vai passar a cabeça do bebé.
Caso a dilatação não se faça totalmente, o medico recorre à episiotomia, isto é, incisão no períneo (área muscular compreendida entre a vagina e o ânus) e na parede vaginal, que tem por objectivo abreviar o parto.
Posteriormente, dá-se início à segunda fase do trabalho de parto: período de expulsão.
Encontrando-se a cabeça do bebé dentro da bacia pélvica, está agora na posição correcta para poder deslizar através do canal vaginal.
As contracções já são de expulsão e a mãe agora pode e deve fazer força para o bebé nascer. Este momento marca a parte final de um processo que se iniciou há nove meses.

A cabeça está quase a aparecer. Por vezes fica bastante alongada, devido à passagem pelo canal vaginal. O pescoço encontra-se um pouco dobrado de modo a poder deslizar cá para fora e atravessar a bacia pélvica. É aqui que a ajuda da parteira ou do médico é muito importante, pois nesta fase o bebé deve ser auxiliado a colocar a cabeça na posição correcta para mais facilmente poder nascer.
Depois da cabeça, surge primeiro um ombro, depois o outro, e em seguida o resto do bebé. É o final da segunda fase do parto.
O cordão umbilical continua a pulsar durante uns minutos, mantendo o bebé ligado à placenta.
Chega, então, a altura de cortar o cordão umbilical. Com uma fita dá-se um nó em dois pontos do cordão e com uma tesoura desinfectada corta-se o cordão entre os dois nós para impedir que haja hemorragia.
Entretanto o bebé já se recompôs do esforço que fez para nascer e respira pela primeira vez. É já um ser independente.
O trabalho de parto está quase no fim.

Contudo, as contracções do útero continuam para que a placenta se desprenda da parede do útero, fase da dequitadura (terceira fase do trabalho de parto)

Após a placenta se desprender do útero, as contracções continuam até à sua expulsão completa. É preciso que a placenta saia completamente, pois caso isto não aconteça, surgirão complicações que podem ser graves.
Com a expulsão da placenta termina a terceira fase do trabalho de parto. O útero agora tem de continuar a contrair-se, não só para voltar ao seu tamanho inicial como também para estancar a hemorragia provocada na parede do útero pelo desprendimento da placenta.
A mulher precisa de se restabelecer, e por isso é aconselhável um intervalo de pelo menos dois anos antes de nova gravidez.
Os nosso agradecimentos pelo tempo e atenção despensados,
GEBRA

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei muito desta vossa iniciativa de introduzirem um texto sobre o parto, é um tema muito interessante e pouco divulgado.