quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Complicações no Parto

Caros leitores, como sabem, o parto nem sempre corre como desejado. Por vezes, surgem árias complicações, que têm de ser imediatamente resolvisas, de modo a salagurdar a saúde da mãe e do bebé.
As complicações do parto podem ocorrer quando a posição da criança é anómala ou quando se torna necessário, por qualquer motivo, utilizar instrumentos ou recorrer a um intervenção cirúrgica.

Quando o bebe não dá a volta
Na maior parte dos partos a criança, ao nascer, apresenta primeiramente a cabeça (apresentação cefálica). No entanto, cerca de 3 a 4% das gestações de termo, o bebé apresenta-se numa posição pélvica (pés e nádegas junto ao canal de parto).
Na maioria dos casos não se sabe a razão pela qual os bebés adoptam a posição pélvica no útero materno, mas existem situações mais frequentemente associadas a esta problemática.
· Prematuridade: quanto mais pequeno for o feto maior é a área de mobilidade do útero.
· Malformações uterinas ou massas pélvicas: no caso de miomas, aderências ou alterações anatómicas do útero materno, os fetos podem ter necessidade de adoptar posições mais confortáveis.
· Malformações ou anomalias fetais: fetos
com lesões ou malformações ao nível do cérebro e dos músculos apresentam menor capacidade de mobilização.
· Multiparidade: em grávidas já com um ou mais filhos a capacidade de distensão uterina é maior, o que facilita diferentes posições fetais.
· Gravidez gemelar: como a cavidade uterina tem de ser partilhada, aproveitando o máximo a área existente, um dos bebés pode apresentar-se pélvico.
· Anomalias no volume do líquido amniótico: caso o líquido amniótico aumente, o feto tem uma maior capacidade de mobiliz
ação, caso diminua o feto apresenta uma maior dificuldade em mobilizar-se.
· Placenta prévia: neste caso, pode existir dificuldade na adaptação da cabeça fetal ao canal do parto.
Fórceps
Por vezes é necessário, para segurança do bebé ou da mãe apressar o nascimento antes de a cabeça ter aparecido na vulva. Em tais circunstâncias, o médico pode retirar a crian
ça com o auxílio do fórceps. No entanto, esta prática tem sido quase inteiramente substituída pelo recurso à cesariana.
Cesariana
Quando, por algum motivo, o bebé não consegue ou não deve, por razões de saúde da mãe, nascer por via vaginal, a opção recai sobre o nascimento cirúrgico, a cesariana. A operação pode ser realizada com anestesia geral ou epidural, sendo que está última reúne cada vez mais preferências de médicos e grávidas. A epidural é uma técnica anestésica que elimina as dores do parto sem afectar a mobilidade da grávida. O segredo reside em aplicar uma substância anestésica onde ela é realmente necessária: nas raízes nervosas a nível da coluna, responsáveis pela sensibilidade no abdómen.
Há indicações absolutas para realizar uma cesariana, como os casos de placenta prévia (quando a placenta cobre parcial ou completamente o orifício interno do colo uterino), mas a intervenção não deve ser vulgarizada. Esta só deve ser efectuada em casos de verdadeira necessidade.
Os riscos associados a esta forma de nascer (é preciso não esquecer que se trata de um cirurgia!) são substancialmente mais preocupantes do que os riscos do parto normal: maior probabilidade de surgirem infecções e hemorragias maternas e maior risco de lesão fetal.

Mais uma vez, os nossos agradecimentos, GEBRA

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