quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Medos e Mitos do Parto

Hoje decidimos partilhar convosco um texto sobre medos e mitos que se relacionam com o parto. Mais uma vez, esperamos corresponder às vossas expectativas!
O parto é um acontecimento particularmente perigoso na vida de uma pessoa, daí a existência de inúmeros mitos e medos.
Umas das maiores duvidas por parte dos pais são:
· A dor do parto é intolerável?
Este é, certamente, o medo universal associado ao parto, uma vez que o nascimento continua a estar ligado, na nossa cultura, à ideia de sofrimento.
É importante perceber que, ao contrário das outras dores, a dor do parto não é um sinal de que algo está errado no nosso corpo. E, a sua intensidade depende não só de grávida para grávida, como das condições em que a mulher dá à luz.
O medo da dor é o principal inimigo da mulher em trabalho de parto uma vez que quando há medo, aumenta a tensão, que a
umenta a dor.
O melhor plano para encarar a dor é senti-la como uma aliada no processo que fazer nascer o nosso bebé.
· Se o parto for de cesariana a vinculação ao bebé é posta em causa?
As mulheres que desejam a todo o custo ter um parto normal ou natural (sem medicamentos ou intervenções desnecessárias), é frequente pensarem que a cesariana prejudica a vinculação ao bebé. Nada mais falso.
A ligação a um recém-nascido não depende exclusivamente da forma como decorre o parto. É certo que o parto não cirúrgico permite um contacto imediato com o bebé e uma recuperação mais rápida, mas não é necessariamente sinal de vinculação instantânea.
O fundamental é que a mulher consiga viver bem o momento
do parto, sentindo que teve um papel activo no nascimento do filho.
· Actualmente a cesariana é uma intervenção sem riscos?
Eis o mito maior. É certo que a cesariana é uma intervenção cada vez mais segura, mas isso não a torna isenta de riscos. A mortalidade materna, associada a esta forma de nascer, é significativamente mais elevadas do que no parto vaginal. O risco de complicações infecciosas é cinco a vinte vezes maior.
A possibilidade de ocorrer uma hemorragia também é expressivamente mais alta. E, para os bebés, há o risco de ocorrer uma insuficiência respiratória.
Para além destes riscos, há também a questão da recuperação pós-parto. Esta é, inevitavelmente, mais difícil, longa e dolorosa.
A cesariana só deve ser efectuada em casos de comprovada necessidade.
· Quando não ocorre a dilatação tem de ser por cesariana?
Cada mulher é um caso mas, por vezes, pode ocorrer uma paragem da dilatação devido a ambientes ruidoso, clima de tensão, excesso de pessoas na sala de partos, sucessivos exames vaginais.
O medo do parto também pode interferir na progressão da dilatação. A grávida começa a sentir-se tensa e não consegue descontrair. A falta de relaxamento é um dos maiores impedimentos à progressão da dilatação. Se a situação persistir, apesar de a grávida estar a sentir contracções, pode ser necessário intervir cirurgicamente.

Os nosso sinceros agradecimentos, GEBRA

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